jueves, 12 de noviembre de 2009


O TRATO ÀS MARGENS DO PACTO
Fernão Pompêo de Camargo Neto
Tese de Doutoramento apresentada ao Instituto de Economia da UNICAMP para obtenção do
título de Doutor em Ciências Econômicas –área de concentração: Política Econômica, sob aorientação do Prof. Dr. José Ricardo Barbosa Gonçalves.
Este exemplar corresponde ao original da tese defendida por Fernão Pompeo de Camargo Neto em 22/02/2001 e orientada pelo Prof. Dr.
José Ricardo Barbosa Gonçalves.
CPG, 22/02/2002
(pag 74)
A ocorrência, no primeiro quartel do século XVIII, do contrabando de ouro e de diamantes brasileiros para a Costa da Mina – onde eram vendidos ou trocados por negros, em volumes que, sem levar em conta os diamantes, conforme um relatório da época, montavam em pelo menos duas arrobas de ouro em pó para cada um dos doze navios da Bahia que demandavam aqueles portos anualmente – levou a Coroa metropolitana a tomar a decisão de reagrupar em Angola, onde o controle do tráfico era maior, a procura por escravos originária do Brasil. Isto pode ser claramente compulsado através de carta régia enviada, em 31 de Agosto de 1730, ao Conde de Sabugosa, Governador da Bahia, determinando que fossem encontrados meios para “abastecer o Brasil de escravos sem para isso depender da Costa da Mina, extraindo-os do Cabo Verde, Cacheo, Angola, Madagascar e Moçambique”. Em conseqüência dos esforços feitos neste sentido pelos portugueses a partir da década dos 30 do século XVIII, como pode ser visto na Tabela 1, vai haver uma tendência de que, sustentadamente, as exportações para o Brasil de escravos angolanos passassem a superar as dos da Costa da Mina (ALENCASTRO, 1986:274a e 276b).




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