miércoles, 28 de octubre de 2009

Entre o Oriente e o Atlântico: «interdependências» no Império Português, no final da Idade Moderna

Luís Frederico Dias Antunes
(Departamento de Ciências Humanas do IICT)

..............Em relação ao movimento comercial entre o Brasil e a Índia os Mapas indicam a entrada de 36 navios em Goa. Só nos anos de 1817 a 1819 chegaram a aportar 4, 8 e 7 navios, respectivamente, cifras que estavam ao nível dos anos áureos da Carreira da Índia. A maioria das embarcações partiu do Rio de Janeiro o que parece confirmar a tese de Fragoso a propósito da «dinâmica própria» dos comerciantes privados cariocas.[13] Da Baía largaram cinco navios e de Pernambuco apenas um. Convém entretanto realçar que as rotas entre o Brasil e o Índico não se dirigiram apenas ao porto de Goa. Cerca de metade dos navios que navegavam em direcção à Índia fazia escala nos Portos do Norte, principalmente em Surrate e Bombaim, para comprar tecidos guzerates. Outros, interrompiam a viagem em Moçambique ou nas Maurícias para carregar cera e marfim que levavam para Surrate e Bombaim, ou paravam na ida para o Brasil para adquirir escravos.
[13] Fragoso, João (1992), Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830), Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, p. 307.
http://www2.iict.pt/?idc=102&idi=12905

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