GRABADO:Jogo de capoeira na Bahia, década de 1820.
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CAPOEIRA ANGOLA: CULTURA POPULAR E OJOGO DOS SABERES NA RODAPedro Rodolpho Jungers Abib Origens de uma tradição...........Desde a década de 1940, afirma Luiz Renato Vieira (1998), antropólogos como Herskovits têm apontado para a existência de “danças de combate” que trazem semelhanças com aquilo que conhecemos hoje como capoeira, não só na África - como o Muringue, em Madagascar -, como também em vários pontos da América, nos locais em que a diáspora negra se instalou. Relatos sobre o Mani em Cuba, e a Ladja na Martinica são dois exemplos dessas práticas. Sobre a Ladja, Vieira mostra a impressionante semelhança com a capoeira, verificada não somente do ponto de vista da execução de movimentos e golpes, como, o que é mais importante, o fato de congregar aspectos lúdicos, musicais (pratica-se ao som de atabaques) e de combate corporal.
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Se acaso tem logar uma execução por motivo de adulterio, expõem o réu ao publico, passeando-o pelas ruas, acompanhado de musica de tom-tom. N'estas occasiões vê-se pouca ou nenhuma sympathia manifestada para com o padecente, poisque o povo não mostra interesse pela vida de um criminoso. A pena de morte é inflingida por meio da decapitação, sendo o executor o injuriado esposo.
ResponderEliminarNo entanto a adultera amarrada a uma arvore assiste ao supplicio do seu amante. Depois da execução desprendem-na, despojam-na dos seus fatos usuaes, e vestem-na com a curta saia de chita que os escravos usam ordinariamente. Portanto fica assim para sempre exautorada da sua condição de mulher legitima e senhora em casa, passando a pertencer á ordem mais baixa das escravas ou captivas de seu marido.
O povo celebra duas festas que considera particularmente solemnes, Gamon e Tabasqui, cada uma das quaes dura oito dias. A maneira por que as celebra, é algum tanto singular, aindaque simples. É por meio de lutas, que se assimilham ao que se conta dos antigos gregos nos seus jogos olympicos. Os competidores, depois de haverem primeiro untado muito bem o corpo todo, dão entrada na arena, onde travam com o seu antagonista renhida luta muscular. Logoque algum dos competidores consegue lançar por terra o seu antagonista, é immediatamente acclamado vencedor em altas vozes e conduzido em triumpho por toda a cidade de braço dado com a amante!
A proposito d'estes certames, referirei uma romantica historia que se conta de mr. Duranton, encarregado pela Inglaterra e França de explorar o interior da Africa. Diz-se que partira de S. Luiz acompanhado de escravos e com uma grande quantidade de fazendas, e que havendo chegado a Tombuctu suspendera depois a sua jornada no Kassó, n'uma tribu mui rica, onde se enamorára da filha do chefe. O pae considerando como grande honra esta alliança, annuiu com satisfação á proposta de casamento. A unica condição imposta ao apaixonado candidato foi, que como nos antigos tempos cavalleirescos, havia de efltrar em luta com qualquer outro pretendente e vence-lo n'aquelle combate amigavel.
FUENTE: PAG 251- Africa occidental: noticias e considerações (Google eBook)
Francisco Travassos Valdez, Portugal. Ministério da Marinha e Ultramar. F. A. da Silva, 1864 - 406 páginas
Muitos militares negros foram acusados de capoeiragem. Uma vez que eram considerados impróprios para trabalharem em obras públicas, o caminho era enviá-los para servir nos regimentos de negros em Montevidéu.38
ResponderEliminarAlguns destes acordos e acomodações, entendidos pelas autoridades militares e Intendente da Polícia como desvios de conduta foram representados por alguns artistas através das aquarelas. A aquarela, pela rapidez da secagem, foi uma das técnicas mais utilizadas pelos artistas que retrataram os costumes e o cotidiano no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XIX. Com o destaca Júlio Bandeira: “[...] a rapidez desta técnica e sua espontaneidade latente carregam de autenticidade a imagem, traduzindo diretamente as suas primeiras impressões”.39
38 Correspondência de Paulo Fernandes Viana a Vila Nova Portugal. Rio de Janeiro, 16/05/1820. ANRJ.
Códice 323, vol.6, fl. 8.