A fortaleza de São João Baptista de Ternate viria a cair, em 1575, nas mãos do sultão local, Baab Ullah (1570-83), a quem os seus defensores se renderam após prolongado assédio, facto que um monumento erguido no local significativamente assinala. Durante os cinco anos em que a fortaleza resistiu em condições quase permanentemente extremas, ambos os baluartes ruíram. Senhores da praça, os ternatenses, assistidos por militares javaneses, alteraram profundamente a traça da fortificação, transformando-a num complexo militar com características acentuadamente locais. Com efeito, a descrição desta fortaleza feita por Juan Esquível, que, em 1606, tomou parte como mestre-de-campo na sua conquista, servindo sob as ordens do governador e capitão-general das Filipinas, D. Pedro de Acuña, que nomeou Esquível para primeiro governador das Molucas, revela que, entretanto, sob o sultão Said (1583-1606), a fortaleza sofrera uma profunda remodelação que lhe imprimiu características próprias da tradição construtora austronésia, mantido, no entanto, o sistema abaluartado herdado dos portugueses, tendo os baluartes recebido novas denominações, como o de cachil Tulo, derivado, por certo, do nome do responsável pela sua defesa[5]. Estas características encontram-se também no forte de Toluco, construído nos anos seguintes pelo sultão Muzaffar (1606-1627), sucessor de Said, para substituir a velha fortificação portuguesa, que, tendo passado a servir de residência à família real, entretanto caíra em poder dos espanhóis.
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